Barbeiro corta cabelo de moradores de rua e mostra que todo mundo pode fazer a diferença

Certas histórias inspiram não apenas pelo impacto causado e os belos casos que rendem – como é o caso dos domingos de Mark Bustos – mas também por mostrarem que qualquer profissão pode vir a ser um veículo de amor e carinho.
Cabeleireiro e com um visual bem descolado, Mark dedica um dia da semana para sair às ruas e cortar o cabelo de mendigos e desabrigados sem cobrar nada.

A aproximação é quase sempre a mesma: “Olá, eu gostaria de fazer algo legal por você hoje.” e, se a pessoa aceitar, ele corta o cabelo ou até muda o estilo de corte e depois documenta tudo em seu perfil no Instagram:

A ação de Bustos não possui nenhuma estratégia publicitária por trás; apesar de só recentemente começar a postar alguns casos nas redes sociais, ele já segue a mesma rotina desde maio de 2012, quando viajou às Filipinas para encontrar com a família.

Lá ele alugou uma cadeira em uma barbearia e cortou o cabelo de crianças carentes com a finalidade de lhes dar um novo visual. Em entrevista ao Huffington Post ele diz que “O sentimento foi tão recompensador que decidi trazer essa energia positiva no meu retorno à Nova Iorque”.

Algumas das postagens trazem uma pequena história por trás da pessoa que ganhou o corte, como é o caso da foto logo abaixo. “Conheça Jim, 52 anos de idade, de Long Beach, Califórnia… acabou de sair da prisão 2 semanas atrás depois de cumprir 10 anos. Toda vida humana tem o mesmo valor. Todos nós merecemos uma segunda chance.”

Toda vida humana tem o mesmo valor

Outros casos mostram o real poder transformador de gestos que, por considerarmos pequenos, caímos no erro de achá-los insignificantes. Um exemplo disto é o caso de Jemar Banks (abaixo), que permaneceu calado até ver o resultado final: “Você conhece alguém que está contratando?”

A recuperação da auto-estima e da confiança em poder mudar foi praticamente instantânea.

A namorada de Bustos muitas vezes o acompanha nas saídas pela cidade oferecendo algo para as pessoas comerem enquanto o cabelo é cortado. Ela relata que é comum ouvir a seguinte a reação ao perguntar o que se quer comer durante o corte: “Ninguém nunca me pergunta o que eu realmente quero. Eu normalmente só recebo restos e sobras.”

Quando a matéria sobre seu trabalho saiu na imprensa alguns dias atrás, Mark postou nas redes sociais aquilo que, talvez, seja sua fonte de inspiração:

o que deres será oferta voluntária da tua mão, segundo o Senhor teu Deus te houver abençoado. (Deuteronômio 16:10) #BeAwesomeToSomebody #TheMovement.”


Capa: Reprodução.