Não é de hoje que o universo gospel é motivo de chacota. Também não é mistério que quase a totalidade das piadas já surgem prontas, advindas das mais variadas e criativas “peculiaridades” que surgem praticamente todo o dia. Paródias, personagens, esquetes, piadas… tudo já foi produzido, talvez faltasse apenas um item: um jogo de cartas.
“Um card game de ficção científica ambientado em um universo paralelo, no qual as igrejas são dominadas por pessoas altamente inescrupulosas e que abusam da boa-fé.”
Pequenas Igrejas Grandes Negócios
Esse é o nome de batismo do card game, que segue o estilo de clássicos como Magic e Summoner Wars, mas que devido ao tom crítico e cômico talvez se pareça mais com Munchkin. Para quem nunca ouviu falar de tais referências, Super Trunfo e até mesmo Uno servem como exemplos (muito embora bem distantes) para deixar claro que não se trata de um jogo tradicional de baralho.
O funcionamento geral do jogo, nas palavras de seus idealizadores, é o seguinte: “Em PIGN, cada jogador (de 2 a 7 jogadores, podendo ter até 11 jogadores com as expansões) comandará um Pastor e uma Igreja, que lhe darão poderes e recursos especiais, em uma disputa para ver quem consegue ficar mais rico e destruir a reputação dos outros pastores mais rápido. Ganha quem sobreviver com a reputação menos manchada no Dia do Arrebatamento!” Para entender mais sobre, assista ao vídeo abaixo:
http://youtu.be/DtXcXn5Irrs
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Encabeçado por Macelo Del Debbio
Encabeçado por Macelo Del Debbio (criador de mais de 40 títulos de RPG, além da série RPGQues), o projeto atualmente conta com uma página ativa no catarse e tem como meta mínima arrecadar a quantia de R$ 29.000 até o dia 22 de junho deste ano, sendo o excedente utilizado para a confecção de cartas extras.
Pautado no humor crítico, o jogo se baseia em personagens e situações que marcaram, ou ainda marcam, a mídia; que envolvem desde escândalos graves até episódios com apenas a mais pura bizarrice. Abaixo, alguns exemplos de igrejas e personagens que já foram divulgados pela fanpage do projeto no facebook:
Como a maioria dos projetos de crowdfunding, os valores de suporte são divididos em vários degraus, variando desde o mais baixo: “Visitante” (R$ 10) até “Congregação” (R$ 1.400). Os diferentes tipos de apoio garantem desde descontos na compra até a possibilidade de criar personagens. Todas as informações podem ser facilmente visualizadas na página do projeto.
O detalhe curioso é que até o momento o nome de Cristo só apareceu uma única vez, ainda assim propositalmente escrito “Jezuis”. Esse pequeno detalhe pode servir como um bom indicativo de que os produtores estão preocupados em criticar o “espetáculo da fé” e não a Fé cristã propriamente dita. A grafia “Jezuis” parece indicar que lá está presente um personagem, uma ficção, uma maneira de isolar a figura do Cristo (ainda que apenas histórica) das condutas daqueles que se dizem seus representantes.
Se o projeto conseguir manter o equilíbrio que vem demonstrando entre a crítica comportamental e o mínimo de respeito à crença, será algo que talvez valerá, no mínimo, algumas partidas.
E você, o que acha? Deixe nos comentários sua opinião.
Capa: reprodução.
Principais links do post:
Página do jogo no Catarse, clique AQUI.
Página do jogo no facebook, clique AQUI.
Até o fechamento desse post, o projeto já havia ultrapassado metade de sua meta mínima.