Oriundo da Letônia, Gints Zilbalodis é um produtor de filmes e animações independentes. Seu mais recente trabalho divulgado é o curta chamado Inaudible (Inaudível).
Por não possuir diálogos, o curta é de comunicação universal e transmite para o espectador parte da responsabilidade em decifrar o conteúdo completo de sua mensagem. Em entrevista ao directorsnote.com o diretor fala sobre a obra e responde perguntas, das quais o catavento* livremente traduz algumas que ajudam a desvendar um pouco mais sobre o trabalho.
[DN] Inaudible parece ser uma peça bastante emotiva, de onde veio a inspiração para o filme?
Como todos os meus filmes, eu o considero como uma história pessoal. Eu não sou músico e não sou surdo. Mas assim como o personagem principal eu já estive em situações onde estava frustrado pela dificuldade de comunicação, ambas verbal e artisticamente. E eu também já fui sortudo o suficiente para sentir o oposto daquilo. Momentos em que você é capaz de se comunicar com as pessoas ou elas são tocadas por algo que você criou são bastante preciosos.
[DN] Como em seus filmes anteriores, este último é sem diálogos, o que é que lhe chama atenção em contar histórias desse modo?
Quando não há diálogo, o visual e os sons possuem um papel maior no contar da história. Esses tipos de histórias não precisam ser traduzidas e são mais acessível a pessoas de diferentes culturas. Tem isso e eu não sei escrever bons diálogos.
[DN] Não apenas Inaudible é sem diálogos, como o desing sonoro parece ter um papel principal no sucesso do filme – o que você estava esperando alcançar com a peça e os efeitos sonoros para este filme?
Isso foi uma grande parte da inspiração para a história. Eu pensei que sem regras, Bertrams (o compositor) e eu nos divertiríamos bastante com os sons e a música, mas este se tornou o filme mais desafiador até agora – pelo menos no caráter sonoro.
(Para ler o restante da entrevista, que possui um viés um pouco mais técnico – em inglês – clique aqui).