Levei meu filho Marquinhos para assistir ao filme Vingadores: A Era de Ultron. A princípio, eu pensei que por ter só 4 anos ele não iria se concentrar. Por isso eu até fui assistir antes, sem ele, pra garantir que não ia perder nada.
O garoto me surpreendeu. Ficou vidrado, aproveitou, comeu pipoca sozinho e, de vez em quando, virava pra me perguntar quem era aquele herói que ele não conhecia ainda ou pra fazer cara de bobo quando o homem de ferro começou a lutar contra o Hulk.
Ele ficou lá, na poltroninha elevada do cinema, hora reclinado, hora com a cabeça no meu ombro e outra hora, cruzando as perninhas, visivelmente segurando o xixi pra não ter perigo de perder nada (eu tive que argumentar com ele que próxima cena não ia ter luta pra convencê-lo de ir ao banheiro comigo e não ocorrer um desastre molhado no cinema).
Até pouco tempo, eu era um nerd solitário lá em casa, e desde que soube que ia ser pai de meninos, fiquei contando os dias pra poder compartilhar com eles das coisas que gosto. Com Marquinhos, isso está começando a acontecer.
Eu passei a dividir com ele as notícias que lia na internet, os filmes que estão confirmados, os trailers; ele ama trailers! A experiência do cinema começou bem antes, na expectativa que construímos juntos, onde até o meu entusiasmo chegava a ser vencido pelos inúmeros replays que ele pedia. O mais legal é que a cultura se espalha; ele saía correndo pra contar ao irmãozinho o que acabara de assistir com o papai (Pedro tem 2 anos e ainda prefere a Galinha Pintadinha).
Ser pai é um trabalho duro
Amei levar meu filho pro cinema, como já havia levado outras vezes, mas dessa vez, ele assistiu o filme comigo e eu com ele.
Feliciano Neto é:
Designer Gráfico na Vind Studio;
pai do Marquinhos e do Pedro; e
nerd.